Obesidade Infantil – O que é, Causas e Consequências Obesidade Infantil
A obesidade é definida como o acúmulo de tecido adiposo em excesso. Neste artigo, vamos falar especificamente sobre a obesidade infantil, o que é, causas e consequências da obesidade infantil. Esta doença é uma patologia que se manifesta quando uma criança está acima do seu peso normal, comparado com a sua idade e altura.
As causas mais comuns são os fatores genéticos, a má alimentação, o sedentarismo ou a combinação destes. O excesso de quilos pode acarretar várias complicações para as crianças, tais como o diabetes, a hipertensão e o colesterol alto. Em casos mais graves, pode levar à baixa autoestima e à depressão.
Algumas estatísticas
O Brasil conseguiu fazer uma redução progressiva da desnutrição infantil. Porém, esse dado se contradiz no que diz respeito ao sobrepeso e a obesidade. Nas últimas duas décadas, do excesso de peso corporal e a obesidade entre crianças de cinco a nove anos quadruplicou. Os índices apontam que entre meninos o aumento foi de 4,1% em 1989 para 16,6% em 2009 e nas meninas chegou a 2,4% em 1989 e foi para 11,8% em 2009.
Dessa forma, foi-se o tempo em que criança gordinha era saudável. Hoje, o cenário é assustador: conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% das crianças com idade entre cinco e nove anos são obesas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças ainda não chegaram ao nível da obesidade, mas estão com o peso acima do recomendado.
Segundo informações da UNIFESP, 22% das crianças que estão na faixa dos dois aos cinco anos apresentam sobrepeso e 6% já são consideradas obesas. Uma criança gorda e em idade pré-escolar tem 30% de chances de virar um adulto obeso. O risco aumenta em 50% se ela entrar na adolescência com o peso elevado.
As principais causas
As estatísticas não mentem. Como vimos acima, elas apontam que a obesidade infantil no Brasil está aumentando de forma muito rápida. Para a criança crescer sem excesso de gordura no organismo, é essencial ficar de olho no que elas estão comendo. Dessa forma, reverter o quadro de obesidade infantil depende de uma coisa: reeducação alimentar. Cabe aos pais proporcionar isso aos seus filhos.
Na maioria dos casos, a criança que é obesa vem de uma família que não faz exercícios ou que tem uma alimentação mais pesada. Porém, nem todos os pais e mães com obesidade vão ter filhos com esse problema. O que agrava a situação são os maus hábitos alimentares, a ampla oferta de produtos hipercalóricos e à redução das atividades físicas nas horas do lazer.
Ao contrário do que as pessoas pensam, outro fator que contribui para a obesidade em crianças pode ser decorrente de alguma condição médica, como, por exemplo, um tipo de doença hormonal ou pelo uso de medicamentos a base de corticoides.
Fatores de risco
Os maus hábitos adquiridos durante a infância podem levar a criança a sofrer com problemas futuros com a sua saúde. O risco de desenvolver alguns transtornos durante a adolescência ou na vida adulta é um bom exemplo do que pode vir a acontecer se a criança obesa não receber atenção adequada a sua forma de vida.
Ainda podemos classificar como possíveis fatores de risco para a obesidade infantil: uma dieta desequilibrada cheia de alimentos industrializados, fast foods, frituras, doces e refrigerantes; o sedentarismo; o histórico familiar: os maus hábitos alimentares da família podem ser ensinados aos filhos; fatores psicológicos como estresse ou tédio, podem fazer as crianças comerem mais do que o normal.
Consequências
Os problemas que a obesidade causa nas crianças são diversos. Só elas sabem como é difícil viver o dia a dia nessa condição, principalmente na escola, entre os seus amigos. Podemos dizer que o principal problema nessa situação é a baixa autoestima. As intimidações e as piadas podem evoluir para um quadro de transtornos como a bulimia, a anorexia, a depressão ou até mesmo aos hábitos extremos como o consumo de drogas e outras substâncias nocivas.
Quanto aos problemas especificamente relacionados à saúde, podemos destacar: alterações no sono; problemas com os ossos e articulações; colesterol, hipertensão e problemas cardiovasculares; dificuldades para praticar exercício físico em função da deficiência para respirar; desânimo, cansaço, depressão e queda no rendimento escolar; distúrbios hepáticos. Para as meninas, é possível que ocorra o amadurecimento prematuro (puberdade e menstruação).