Reforma Ortográfica – Confira as principais mudanças ortográficas

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Reforma Ortográfica - Confira as principais mudanças ortográficas

Reforma Ortográfica

A reforma ortográfica da língua portuguesa foi anunciada ainda em dezembro de 2008, para ser aplicada a partir de 2009 por todos os cidadãos, sendo que haveria um período de ajuste que foi estipulado para o ano de 2012. Até lá, tanto as regras anteriores como as novas estavam valendo e as pessoas poderiam ir se adaptando aos poucos. A partir de 2013, a reforma passaria a ser referência oficial na hora de escrever determinadas regras ou palavras, como poderemos ver a descrição a seguir.

A ideia da reforma era uniformizar algumas expressões e também eliminar o que já não era considerado prático. A linguagem, assim como tudo, está em constante transformação e mutação, de acordo com os indivíduos que a usam e a facilidade de usá-la. Assim, palavras que antes eram utilizadas e hoje viraram outras – como é o caso do vossa mercê, que virou vosmecê e assim sucessivamente até chegar ao você – foram substituídas por causa da linguagem coloquial falada.

O que muda

Antes, o alfabeto contava com vinte e três letras, já que não eram utilizadas três na nossa língua, o K, o W e o Y. Agora, oficialmente, são vinte e seis letras – sendo que algumas expressões e palavras que tinham sido adaptadas, voltam ao original da língua (inglesa, entre outras). Alguns exemplos incluem: Byron, Taylor, Kant, etc – todos nomes próprios ou expressões derivadas dessas pessoas, bem como lugares, como é o caso de Kuwait, Hawaii, entre outros.

A trema é exterminada, a não ser quando se trata de sobrenomes e expressões estrangeiras. Antigamente, servia para diferenciar a pronúncia de palavras com que, qui, gui e gue, como por exemplo bilíngüe, lingüiça, cinqüenta, seqüência, entre outras. Agora, a trema cai e a identificação é feita pelo próprio indivíduo na hora da leitura ou escrita. Muitas pessoas foram contra o extermínio da trema, justamente pela explicação da regra na hora de ensinar crianças que ainda estão aprendendo a ler.

Uma das diferenças na acentuação é no caso de ditongos abertos do tipo éi e ói, de paroxítonas (as que tem a penúltima sílaba destacada): algumas palavras exemplos são jóia, européia, paranóia, assembléia, ideia – a partir da nova regra, nenhuma dessas são acentuadas. As exceções são as palavras herói, papéis e troféus, já que a última sílaba é a mais forte. Essa é a regra mais lembrada, embora envolva mais uma decoreba das palavras em si do que o raciocínio lógico da questão de paroxítonas com ditongo.

Outra mudança de acentuação é a remoção do acento agudo no u e no i em paroxítonas com ditongo (duas vogais juntas), como é o caso de Bocaiúva ou feiúra. Apenas se o ditongo estiver na última sílaba leva acento, como é o caso da palavra Piauí, entre outras. Essa é uma regra relativamente confusa e pouco destacada na hora das explicações, fazendo com que seja facilmente esquecida na hora da escrita.

A terceira mudança na hora da acentuação é a eliminação do acento circunflexo em eem, oos ou oo. Alguns exemplos são: crêem, vêem, vôo, vôos, lêem, enjôos, entre outros. Uma regra relativamente memorável, não altera realmente nada além da grafia, pois a fala continua a mesma e o aprendizado também necessita da diferenciação na hora de comparar com palavras semelhantes.

A quarta regra envolvendo acentuação é que não existe mais o acento de diferenciação na hora de palavras como pelo, para, pêra, pela, côa, entre outras. As únicas palavras que permanecem com acento são as do verbo pode e pôde, além de forma e fôrma. Outra regra um pouco confusa, com exceções que podiam facilmente ser aplicadas também nas novas alterações. A quinta e última regra envolvendo o acento é a remoção dele no caso de u forte em palavras com gue, gui, qui e que, como é o caso de apazigúe, averigúe, etc.

A última regra da reforma ortográfica é sobre o hífen, que provavelmente é a que mais deu o que falar, pois possui uma memorização muito específica e casos complicados. Em prefixos como: ultra, agro, tele, ante, supra, anti, sobre, auto, contra, semi, extra, mini, infra, maxi, macro, micro, mega, etc, se a palavra seguinte começa com a letra H ou com uma vogal igual a última que é do prefixo, usa-se hífen (auto-observação, micro-ondas, etc), sendo que em todos os outros casos não se usa hífen.

Mais informações

No caso de prefixos como hiper, super e inter, só se usa hífen se a palavra começar com as letras H ou R, como é o caso de super-herói. Não se usa em supersônico, por exemplo. Para o prefixo sub, a regra vale em letras B, R ou então H, como sub-reino e para todas as outras não, como subsecretário, por exemplo. No caso do prefixo vice, usa-se sempre o hífen (vice-presidente, vice-prefeito, etc).

Apesar de tentar melhorar e implementar a língua portuguesa, as novas regras da ortografia, como toda a mudança envolvendo a linguagem, não foram aceitas facilmente pela população. Existe uma certa contrariedade em aprender coisas novas após tanto tempo acostumados, sem contar que poucas vezes se explica o motivo de tais mudanças – qual o raciocínio lógico e a justificativa para não se usar mais a trema? Antigamente, era algo extremamente útil para se diferenciar determinadas palavras e não realizar uma pronúncia errada.

Professores de gramática e especialistas em linguística acabam se perdendo na teoria e deixam de fora a realidade das pessoas comuns, que são as que realmente irão utilizar (ou não) essas novas regras. Embora nenhum deles acredite de fato que a mudança será efetivada plenamente após 2012, a esperança é que aos poucos haja uma adaptação, principalmente no sentido dessas novas questões gramaticais forem sendo ensinadas nas escolas públicas ou particulares de todo o Brasil.

Na hora de realizar uma consulta rápida, a internet está aí com vários guias básicos com todas as regras ou algumas específicas, contando inclusive com exemplos para uma memorização mais fácil. Em portais como o Terra, G1, R7, UOL, etc, existem seções específicas para essa temática, soluções de dúvidas e até um guia de uma página para imprimir e consultar posteriormente ou mesmo colar no escritório, para que todo mundo aprenda junto as diferenças que passam a valer oficialmente a partir desse ano.

A internet acaba sendo uma boa opção, embora relativamente repetitiva nos métodos de aprendizagem (a maioria das páginas possuem apenas uma descrição das regras com alguns exemplos). Uma sugestão é procurar por jogos interativos e questões online sobre a temática, fazendo com que você aprenda na prática, além de uma fiscalização na hora de escrever. A gramática é uma área extremamente importante, pois apesar de envolver diretamente regras específicas, está ligada a uma comunicação e compreensão melhor da nossa língua, portanto devemos estar sempre alertas a qualquer alterações.

Durante a escola, as dúvidas ficam mais fáceis de serem solucionadas graças ao acompanhamento constante de professores, com aulas específicas sobre as novas regras ou então na hora de correções em disciplinas como redação. Boa parte das novas alterações de ortografia são memorizadas mais facilmente na prática diária da escrita, seja em bilhetes para a família ou cartas que escrevemos para os amigos, bem como num bate papo online – em todos os casos não devemos esquecer as regras.

Fotos

Confira Fotos da Reforma Ortográfica – Confira as principais mudanças ortográficas:

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A nova regra passou a valer em 2012A nova regra passou a valer em 2012

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