Filatelia
Filatelia é o nome dado à arte de colecionar selos. O primeiro selo foi criado em 1840, na Inglaterra e recebeu o nome de Penny Black. O primeiro selo representou uma mudança na forma como o serviço postal do país funcionava.
Até a chegada do selo de número um era o próprio destinatário quem tinha de arcar com os custos do transporte e entrega das correspondências. No Brasil o primeiro selo surgiu três anos depois e o país se consagrou como o segundo do mundo a produzir selos. Os selos que aqui surgiram em 1843 faziam parte da cultuada série Olho-De-Boi.
Sobre a arte de colecionar selos
Alguns anos mais tarde foram criados os selos comemorativos, sendo que o primeiro ato a ser homenageado foi o quarto centenário da descoberta do Brasil. Ao longo do tempo novos selos comemorativos foram sendo colocados no mercado e cada vez mais as séries comemorativas ganhavam detalhes e ares de requinte. No final da década de sessenta foram contratados artistas plásticos para criar desenhos que estampariam os selos comemorativos, o que garantiu o reconhecimento por parte de entidades especializadas, que concederam prêmios aos Correios.
Acredita-se que o primeiro colecionador de selos foi August Macim, um francês que colecionou selos durante quinze anos, vendendo-os por cem francos após a descoberta de uma terrível moléstia. O dinheiro arrecadado com a venda seria usado para o tratamento da doença, mas a gravidade da enfermidade acabou levando o filatelista à morte.
Como se tornar filatelista
Para se tornar um filatelista não basta recortar todos os selos que se encontrar pela frente ao vasculhar as correspondências da família ou sair comprando todos os exemplares nas agências dos Correios. Um bom filatelista tem um critério para a coleção, ou seja, apenas armazena aqueles que fazem parte de um determinado tema, como esportes ou meios de transporte, ou todos aqueles produzidos em determinada época ou país. Na hora de montar a coleção é recomendável manusear os selos com pinças, garantindo que os mesmos não fiquem sujos ou gordurosos, e guardá-los em locais apropriados, como classificadores, que são álbuns com divisórias plastificadas transparentes.
Muitas vezes a coleção não vai para a frente pela falta de opções disponíveis para venda nas agências dos correios e pela pouca variedade de selos encontrados em correspondências antigas. Por conta disto os filatelistas devem vasculhar a internet atrás de bons exemplares e também frequentar feiras de antiguidades. É interessante também que o filatelista se torne associado de algum clube ou federação de filatelia, presentes na maioria dos estados brasileiros.
Selos famosos e valiosos
Alguns selos, por conta da raridade ou importância história, são extremamente valiosos. É o caso, por exemplo, do One Cent Magenta, produzido em 1856 na Guiana Francesa e que vale atualmente mais de dois milhões de dólares. Um selo com o rosto da atriz Audrey Hepburn estampado também é um caso de sucesso. Este exemplar foi leiloado recentemente por novecentos e noventa mil reais para ajudar uma instituição que ajuda na educação de crianças africanas.
Vídeo Filatelia
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