Guia de Carreiras – Jornalismo
Apesar das recentes discussões sobre a obrigatoriedade ou não do diploma para o exercício do Jornalismo, os cursos superiores da área se mantiveram muito concorridos. Isso porque, embora qualquer um possa escrever, o curso superior de Jornalismo dá noções mais profundas aos profissionais, como ética e objetividade.
Ser jornalista não é fácil. De acordo com Caco Barcellos, um dos jornalistas de maior renome do Brasil, o profissional da área deve ser muito paciente para conseguir as informações necessárias, e também flexível, para que possa lidar com fatos inesperados.
Por isso, a rotina do jornalista é complicada. Segundo a editora-chefe do Profissão Repórter, Ana Escalada, muitas vezes o jornalista precisa trabalhar de madrugada ou aos domingos. Afinal, nunca sabemos quando algo inusitado pode acontecer.
Atuação
A área mais conhecida de atuação do jornalista é o cargo de repórter. É ele quem vai para as ruas, encontra histórias e produz matérias. Contudo, há também os editores, que decide qual dos assuntos merece mais destaque e orienta a produção dos repórteres.
Quem se forma em Jornalismo pode, também, atuar como assessor de imprensa de órgãos públicos ou privados, ou se dedicar à parte técnica da produção, seja como fotógrafo, produtor ou diagramador, por exemplo. Para isso, é importante ter conhecimento sobre técnicas fotográficas, edição de vídeo e imagens, além de processamento de dados.
Para ser um bom jornalista, é importante que o profissional leia muito e esteja sempre bem informado, seja sobre temas atuais ou passados. Também é de fundamental importância que o jornalista tenha bastante desenvoltura para conversar com pessoas.
Futuro
De acordo com Caco Barcellos, o futuro do ofício de jornalista ainda é incerto. A tecnologia tem influenciado de maneira profunda a profissão. Apesar de incerto, Barcellos vê o futuro do Jornalismo com bons olhos. Mesmo que a Internet se transforme no principal veículo de informações, com qualquer pessoa podendo divulgar conteúdo, a figura do jornalista continuará imprescindível.
Remuneração
Embora a atuação como repórter seja uma das mais desejadas por quem se forma em Jornalismo, a remuneração para assessores de imprensa costuma ser melhor. Em São Paulo, por exemplo, o piso salarial para jornalistas de rádio e televisão é de R$2982, subindo para R$3321 em revistas e jornais.
Já nas assessorias, o valor é de R$3740. O que torna a profissão de assessor ainda mais atraente para os profissionais da área é a estabilidade. Diferente dos repórteres, o assessor de imprensa costuma ter carga horária fixa, e raramente precisa fazer plantões aos finais de semana. O plano de carreira no setor também costuma dar mais mobilidade aos profissionais que, com o passar dos anos, têm um aumento salarial maior do que o de repórteres.
O assessor de imprensa, geralmente, continua fazendo atividades comuns a repórteres, como a produção de pautas, a escrita de matérias e, em alguns casos, até mesmo filmagens. A diferença está, principalmente, no enfoque: os assessores de imprensa precisam encontrar aquilo que interessa à organização onde eles atuam, de modo a ajudar na construção da imagem da instituição.
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