Guia de Carreiras – Design de games
O mercado para os designers de games não para de crescer. Se, por um lado, há cada vez mais empresas atuando no desenvolvimento de jogos, por outro há um pequeno número de profissionais capacitados. Por isso, a carreira em design de games se mostra muito promissora para os próximos anos.
O curso
É possível se habilitar para atuar como designer de games através de bacharelado ou cursos tecnológicos. Curiosamente, no Brasil há apenas um curso de bacharel em design de games, oferecido na Universidade Anhembi Morumbi, na capital paulista. A duração desta graduação é de quatro anos.
O número de opções é bem maior para quem prefere um curso tecnológico. As grades curriculares e a duração dos cursos – os tecnológicos, diferente da graduação, são realizados numa média de dois anos – possuem algumas diferenças, mas ambos habilitam os profissionais a atuar com o desenvolvimento dos jogos em seus diversos processos de execução. Segundo Delmar Galisi, que coordena o curso da Universidade Anhembi Morumbi, o designer é aquele responsável por projetar jogos para diversas plataformas.
Atuação
Às vezes, o designer de games não participa do desenvolvimento técnico do jogo. Contudo, no mercado brasileiro, devido à carência de profissionais, é incomum que o designer se atenha apenas ao projeto. Portanto, quem deseja trabalhar neste setor, no Brasil, normalmente terá de lidar também com a parte técnica, que exige conhecimentos avançados em informática.
Além de desenvolver a história dos jogos, o designer de games precisa, também, pensar nos aspectos visuais dos games e também na jogabilidade. Todo o processo de criação de jogos pode ser mais complexo do que parece: inicialmente é desenvolvido o roteiro, ou seja, a história do jogo. Neste momento, um dos pontos mais importantes é a coerência da história, onde se deve tomar todos os cuidados para evitar as falhas de roteiro. Este é um dos profissionais mais difíceis de se encontrar no mercado brasileiro.
Após a conclusão do roteiro, entra em cena o desenhista conceitual. É ele quem cria os ambientes e personagens dos jogos através de técnicas em duas dimensões, como desenhos feito a mão e colorização, geralmente realizada em editores de imagens. O material realizado pelo desenhista conceitual avança para o setor de animação, onde é criado o ambiente do jogo com espaços em três dimensões, dando noções como profundidade, ambiente e iluminação.
Por fim, é desenvolvida a engenharia do jogo. Somente neste momento surge, de fato, o papel do programador. É importante lembrar que, atuando como designer de games, o profissional geralmente terá de trabalhar em todos estes processos produtivos.
Mercado
Segundo Delmar Galisi, a grande dificuldade em se encontrar roteiristas de games se dá porque, no Brasil, geralmente o mercado de jogos eletrônicos absorve profissionais de outros setores. O programador, por exemplo, costuma vir de cursos de ciências da computação. As artes plásticas formam boa parte dos profissionais que lidam com a animação. Nos cursos técnicos, o foco se dá na produção dos jogos, não em sua criação. Portanto, quem opta pelo curso superior dificilmente ficará sem emprego.
Fotos
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