Guia de Carreiras – Astronomia

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Sobre Guia de Carreiras – Astronomia

Guia de Carreiras – Astronomia

O universo é uma das coisas mais misteriosas e complexas que o ser humano conhece. A curiosidade para explorar toda a vastidão do universo, entretanto, não é o único pré-requisito para quem deseja seguir nesta carreira. A astronomia exige, também, diversos conhecimentos de ciências exatas.

Com o avanço da tecnologia, a área de pesquisa na astronomia ganhou muita força. Os planetas podem ser estudados através de sondas e robôs, como o Curiosity, recém-chegado a Marte. A astronomia também se divide em alguns ramos, como a astrobiologia, que analisa a possibilidade de existir vida em outros planetas.

Área de atuação

Quem se forma em Astronomia, contudo, não precisa necessariamente se tornar um pesquisador acadêmico. Existe mercado de trabalho para astrônomos em áreas como indústria de tecnologia avançada, observatórios e até mesmo museus.

Embora seja um campo promissor e muito interessante, os cursos superiores de Astronomia no Brasil são poucos. O mais antigo deles é o do Observatório Valongo, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que está na ativa há 52 anos. O curso disponibiliza 20 vagas anuais e, em média, a concorrência do processo seletivo é de seis pra um.

Em 2009, a USP também criou um curso de graduação em Astronomia, com 15 vagas disponíveis por ano. A chefe do departamento de astronomia da USP, Jane Gregório, afirma que há poucas vagas no curso porque, embora o mercado possua diversas opções, ainda há pouco emprego para astrônomos. De acordo com o Observatório do Valongo, a remuneração média de um astrônomo é de cerca de R$5 mil.

O curso

Além das visitas a observatórios, o curso de Astronomia é conhecido por ser muito teórico. A graduação é realizada em quatro anos e exige bastante conhecimento de Física e Matemática. Quem deseja trabalhar com Astronomia precisa, também ter bons conhecimentos em Tecnologia.

Atualmente, os profissionais da área passam a maior parte de seu tempo em frente a computadores, analisando e processando imagens recebidas por telescópios. Estas imagens são feitas como fotografias e transferidas para os computadores, onde precisam passar por um tratamento que elimina os chamados “ruídos” – interferências externas que deturpam a imagem original.

Coragem

Apesar de passar boa parte do tempo em frente a computadores, o astrônomo, às vezes, precisa se arriscar em locais inusitados para realizar suas observações. É comum que locais como topos de montanhas e bocas de vulcões sejam utilizados por profissionais da Astronomia.

Por isso, quem trabalha nestes locais precisa, também, de uma boa dose de coragem e de um condicionamento físico adequado. Alguns locais podem ter temperaturas extremas, muito altas ou muito baixas. Devido à altitude, também é comum que o astrônomo tenha de lidar com lugares onde há pouco oxigênio disponível.

O fuso horário também pode ser um fator complicante para a profissão. Como a maioria das observações é realizada à noite, por vezes os astrônomos precisam trocar a noite pelo dia. O astrônomo Mairan Teodoro, por exemplo, informou que já teve de passar 12 noites seguidas observando corpos celestes.

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